sexta-feira, 1 de junho de 2012

CASA BURGHARDT

Rua Lauro Muller, Casa Burghadt - ano 1950 - fonte FGML.


Rua Laulo Muller, Casa Burghadt - ano 1960 - fonte FGML.


Casa Burghadt - restauração - ano 1999


Fundação Culturall de Itajaí - Casa Burghadt - ano 2007



A “CASA BURGHARDT” é uma construção de alvenaria, situada à rua Lauro Muller, no centro de Itajaí.
Construída no ano de 1902, com projeto do arquiteto alemão Reinhold Roenick, a pedido do proprietário Harry Hundt; este, imigrante alemão e negociante.
A casa foi construída no mais exemplar estilo arquitetônico eclético que adapta elementos germânicos às condições do meio-ambiente e dos costumes brasileiros. Foi uma maneira típica de construção adotada pelos imigrantes alemães os seus descendentes no final do século passado e começo do Século XX.
Assim, a CASA BURGHARDT tem as características das construções alemães em estilo hanseático e obedece a um projeto arquitetônico que atendeu às necessidades do proprietário – o comércio – e à situação de localização da construção – à margem do rio Itajaí-açu, por onde transitam os navios que demandam ao Porto de Itajaí. Daí o fato de a construção ter como que duas fachadas: a principal, para a rua Lauro Müller e uma secundária, para o rio Itajaí-açu.
Na bela construção , em 1902, o proprietário Harry Hundt instalou seu comércio de secos, molhados e armarinhos, no térreo; e sua residência, no primeiro andar.
Com o falecimento de Harry Hundt, sua viúva, Mathilde Bauer Hundt, continuou as a atividades comerciais do marido. Com “Hundt”, em alemão, quer dizer “cachorro”, a viúva Hundt passou a ser chamada pelos itajaienses de origem luso-brasileira de “Dona Cachorrinha”. Apelido com que ela não se simpatizava muito, mas que acabou por aceitar.
Após contrair novo casamento com Nicolau Burghardt, Dona Cachorrinha passou a utilizar o sobrenome do seu segundo marido e sua residência comercial passou a ser conhecida como “Casa Burghardt”. Nome com o qual até hoje é identificada a histórica construção.
Na casa, residiu D. Mathilde Burghardt até seu falecimento em 1955. Na década de 1970, os herdeiros venderam o imóvel para o Grupo Votorantim,.
A “Casa Burghardt” por sua beleza arquitetônica, pelo testemunho histórico de uma forma de construir e morar na cidade de 90 anos atrás, merece e deve ser preservada como referencial de uma época importante do passado de Itajaí


Prof. Edison d’Ávila

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